DESEJOS DIFUSOS E CONFUSOS
Estamos saindo de nossos casulos existenciais;
Estamos destruindo as amarras que outrora nos rendiam;
Estamos nos jogando e nos arrastando ao chão;
Uma vida que se desfaz em meio;
Aos espaços de luxúria e tentação;
Desejos que enublam a racionalidade de nossas mentes;
Estamos nos arrastando e nos jogando ao abismo;
Uma voz que ecoa ao som do silêncio;
Uma lágrima que escorra em sua face;
O desejo insano de te despir;
Desejos que nos tornam seres horrendos e banais;
Lágrimas que descrevem dores e prazeres;
Amores que se constroem em meio ao caos existencial;
Nos agarramos em mesquinharias e banalidades;
Talvez estejamos condenados a camuflar nossos odores;
De lágrimas refazemos os horizontes perdidos;
Gemidos e suspiros que despem inocentes corpos joviais;
Um sorriso que surge em sua face;
O silêncio que se interrompe pelas dores existenciais;
Nos jogamos e nos devoramos;
Nos despimos e nos atacamos;
Consciências entorpecidas por desejos banais e carnais;
Talvez estejamos testemunhando o desabrochar e o renascer;
A inocência roubado e a consequência nefasta de desejos ensandecidos;
Padrões dissonantes que camuflam reais intencionalidades;
Nos despimos de nossas vestes morais e existenciais;
Desejos banais e carnais;
Lágrimas que enublam intencionalidades;
Razões difusas que refazem o porvir existencial;
Desejos banais e carnais;
Corpos ensandecidos que clamam amor;
Desejos que desaguam na dor;
Lágrimas que enublam racionalidades e intencionalidades;
Desejos que se desfazer no prazer e na dor.