DESEJOS DIFUSOS E CONFUSOS

Estamos saindo de nossos casulos existenciais;

Estamos destruindo as amarras que outrora nos rendiam;

Estamos nos jogando e nos arrastando ao chão;

Uma vida que se desfaz em meio;

Aos espaços de luxúria e tentação;

Desejos que enublam a racionalidade de nossas mentes;

Estamos nos arrastando e nos jogando ao abismo;

Uma voz que ecoa ao som do silêncio;

Uma lágrima que escorra em sua face;

O desejo insano de te despir;

Desejos que nos tornam seres horrendos e banais;

Lágrimas que descrevem dores e prazeres;

Amores que se constroem em meio ao caos existencial;

Nos agarramos em mesquinharias e banalidades;

Talvez estejamos condenados a camuflar nossos odores;

De lágrimas refazemos os horizontes perdidos;

Gemidos e suspiros que despem inocentes corpos joviais;

Um sorriso que surge em sua face;

O silêncio que se interrompe pelas dores existenciais;

Nos jogamos e nos devoramos;

Nos despimos e nos atacamos;

Consciências entorpecidas por desejos banais e carnais;

Talvez estejamos testemunhando o desabrochar e o renascer;

A inocência roubado e a consequência nefasta de desejos ensandecidos;

Padrões dissonantes que camuflam reais intencionalidades;

Nos despimos de nossas vestes morais e existenciais;

Desejos banais e carnais;

Lágrimas que enublam intencionalidades;

Razões difusas que refazem o porvir existencial;

Desejos banais e carnais;

Corpos ensandecidos que clamam amor;

Desejos que desaguam na dor;

Lágrimas que enublam racionalidades e intencionalidades;

Desejos que se desfazer no prazer e na dor.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 04/03/2023
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