Garrafas Esverdeadas
Uma troca de olhares
Paralisa os andares
Trinca no estandarte
Propaga para impactar-te
Termina com um start
Da quebra, desunião, espalhar
Fragmentar, bagunçar, distanciar
O que, na opinião dela
É apenas arte
Cada pedaço
Resquício de silencioso
Sutil e feio
Ritual, que me reduz
A destroços
É saboreado por suas mãos
Feito boca que saboreia
Melaço
Quebra-cabeça sem padrão
Sem encaixe, sem buraco
Livre para criar e bagunçar
Peças e ordens trocadas
Ao aleatório, ingredientes
Da desordem
Braços e pernas, tão bem
Reconstruídos quanto produtos
Do surrealismo
Carne moída e pensamentos
Tão embaralhada que
Nenhum estímulo nervoso
Acha uma sinapse
Como caminho
Enquanto me reorganizava
Sua verde visão
Tão esverdeada quanto
Garrafas de pão líquido
Queimaram e coloriram
Os cacos de vidro
Antes tão transparentes
Quanto opacos
Inexistentes
Quando os outros virem
Minha nova forma
E minha nova cor
Eles vão saber que essa
Arte foi de sua
Autoria