Uma ponte entre janelas
Abro a janela
Vejo moça bela
Iça vela
Do barquinho
Do meu coração
Como se entrasse
No meu peito
E despertasse um calor
Parecido com vela
Cada detalhe seu
É joalheria
Para meu observar
É hotelaria
Ficar um pouco mais
Poderia
Nunca enjoaria
Única coisa
Que poderia cortar
Minha felicidade
Seria a palavra
Sairia
Tenho o remédio
Para interminável tédio
Pintado por seu rosto
Bem longe
De ser considerado
Médio
Pois não entregá-lo
Seria de um
Sacrilégio
Construo ponte
Por meio do olhar
De sua fronte
Me mostro como
Brutamonte
Chego a ti
Em passo vacilante
Tímido e errante
Me intimido
Com o montante
De sua belezura
Uma hora chocante
Porém, em outra
Reconfortante