Uma ponte entre janelas

Abro a janela

Vejo moça bela

Iça vela

Do barquinho

Do meu coração

Como se entrasse

No meu peito

E despertasse um calor

Parecido com vela

Cada detalhe seu

É joalheria

Para meu observar

É hotelaria

Ficar um pouco mais

Poderia

Nunca enjoaria

Única coisa

Que poderia cortar

Minha felicidade

Seria a palavra

Sairia

Tenho o remédio

Para interminável tédio

Pintado por seu rosto

Bem longe

De ser considerado

Médio

Pois não entregá-lo

Seria de um

Sacrilégio

Construo ponte

Por meio do olhar

De sua fronte

Me mostro como

Brutamonte

Chego a ti

Em passo vacilante

Tímido e errante

Me intimido

Com o montante

De sua belezura

Uma hora chocante

Porém, em outra

Reconfortante

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 27/02/2023
Código do texto: T7728910
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