Café na Varanda

Foi numa manhã serena naquele dia primaveril

Da varanda aberta à beira do mar

Que num átimo do pensamento um vislumbre acariciou-me os cabelos

Toque sutil que estremeceu o mais profundo de minh’alma

Vieste assim na mansidão do passar das horas

Alegrias de todas as manhãs no aconchego do abraçar

Na mesa um café quentinho com aroma forte te esperava

Trazias nas mãos as flores que colhias pelos caminhos dos ventos

Transformaram meu coração num jardim de cores a perfumar

Como o amor tem o poder de transformar a aridez do viver

Numa tela de lindas paisagens furta-cor

Mas o tempo esse senhor caprichoso e implacável

Dissipou a magia apenas em sonhos de alcova

Hoje não há mais café, risos, nem flores a enfeitar a mesa

Apenas rascunhos inacabados de um poema de uma saudade

Guardados no segredo lacrado de um relicário

Leovany Octaviano Soares
Enviado por Leovany Octaviano Soares em 25/02/2023
Código do texto: T7727710
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