Tudo um dia voa
Mar, leva a saudade, o vento, menos ele...
Mescla a saudade, ela revoa.
Alinha minha vida, que não passa sem ele.
Retorne e fluidifique o amor em mim de volta.
Leve a saudade, o vento, menos ele...
Esclareça o que vem e o que vai para sempre.
Venha e simplesmente povoe nesta poesia.
Adorne tudo em mim. Tudo embranquece.
A saudade, o vento, menos ele...
Seja como for, leva-me sem vento e sem mar.
A estrada é livre e por ela divago.
Um dia hei de ver teus olhos.
De que adianta, se o mar te arrasta,
as ondas me esquecem.
De longe, pouco vejo.
Eu sei que um dia tudo se vai...
Orvalhos rociam as flores.
Venta. Sinto frio...
Exageradamente o mar te leva.
Não existi por um segundo.
Tudo em ti morava em mim.
Orvalhos borrifam as flores quase murchas.
Meu versejar molha o papel ligeiramente.
E a poesia fica sem poeta.
Neste mundo onde não existe você.
O dia pouco floresce.
Saudoso e pela metade.
Eis que agora sou um vento sem graça.
Lavrando a minha volta para casa.
Eis que agora sou um vento que choraminga.
Tudo se foi.
Luciana Bianchini
Código de texto: T5923012
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