Eu gosto
Gosto da simplicidade do mundo.
Gosto da leveza do balé, gosto de ser da ralé.
Gosto do brilho em teus olhos quando me olham, gosto desse sorriso de canto quando me beija.
Gosto das borboletas, principalmente as que invadem-nos o estômago quando descobrimos novos amores.
Gosto do cheiro da tua boca de logo mais cedo.
Eu bem sei, que sufoca, que maltrata e atordoa, mas eu gosto.
Gosto da simplicidade do céu, de ser lindo e extenso. E ainda ser o meu véu.
Gosto das tuas mãos em meu quadril, da tua voz em meu ouvido.
Gosto de imaginar o som dos nossos corpos colidindo.
Mas eu gosto mais é de ser poeta, de viver sem traçar uma meta.
De dar vida quem sempre foi morto.
De falar sem pedir permissão, de dizer asneira e mesmo assim ter razão.