A VIOLA E O LUAR
Após um dia trabalhado e cansado
Chega em sua casa o poeta.
Já descansado e alimentado
Da sua janela olha o luar.
Pega sua viola e saí no terraço
Sentando em seu banquinho rustico
Começa a dedilhar uma canção.
Talvez saudade daquele amor
Que um dia decidiu partir.
Ele não criou obstáculo,
Acabou concordando com ela.
Afinal a discórdia se fazia presente
E as brigas constantes sufocaram,
Aquela paixão repentina e fútil,
Que tão pouco durou entre os dois.
Mas no fundo do coração ficou
Um resquício da saudade dela.
Olhando a lua cheia no universo,
Começa a cantarolar versos de amor.
Um amor que poderia ter sido perene,
Mas as diferenças de pensamento
E atitudes que cada um tinha no viver,
Os fez tomarem essa decisão.
Mas o poeta tem no seu coração
Ainda plantada a semente do amor.
Aquele amor que sentia por ela,
Mas que não sabia expressar
E suas atitudes a desiludiram.
Ele também pela sua imaturidade
Não soube corresponder a esse amor.
Agora olhando aquele luar tão lindo,
Sua imaginação o faz sonhar.
E tocando a sua viola e a luz do luar,
Faz com que o poeta descubra
Que a saudade contida em seu coração,
Ao toque da sua viola, com emoção,
Olhando o luar iluminando sua face,
O fez naquele momento compor,
Com os olhos marejados de lágrimas
A mais linda canção de amor.
A declaração daquele amor contido,
O amor que jamais havia declarado
Para a mulher que um dia não souber amar!
There Válio – 20/02/2023