Teu rosto meigo

Teu rosto me assombra vagando pelo quarto

Numa doce e serena expressão augusta;

Dói meu coração, e não é essa dor de infarto,

O caso é pior: é dor da alma que se frustra.

Pois busco esse rosto, indecifrável e meigo,

Nas lembranças. E vou buscá-lo no futuro!

Em algum dia, hei de achá-lo; que tenro beijo

Te darei com meu amor que já não aturo

O teu rosto, o teu corpo, o teu jeitinho angélico,

Ao ponto que os busco vou ficando histérico,

Sem ter como desvendar teu olhar ambíguo!

Mia sina sem tu é mistério desolado...

Eu que te procuro, sem ver-te em cada lado,

Mas se eu te acho eu fujo; se tu foges eu fico!