Brisa

Veja como fulgura o vento

Do amor na paixão de agora,

Ninguém é de ninguém

Casam-se hoje e amanhã vai embora.

Hastes quase sempre desiguais

Gente, quais animais,

Na luta pela sobrevivência

Por um amor de outrora, nada mais.

As comportas estão abertas

Nos grandes mananciais

Não se ouve cachoeiras

Porque já somos todos iguais.

Casam-se hoje entre flores sem espinhos

Lírios, avencas e orquídeas

Raios da noite os iluminam

Para partir sossegado no dia seguinte.