me veja
talvez em um disco com nossa música favorita,
arranhado com o passar dos anos.
talvez em um texto curto, achado em meu diário
limpando a casa na tarde de um domingo.
talvez em uma foto marcada e guardada
na rede social de um amigo que já foi nosso.
talvez embaixo de uma árvore,
em um solitário cerrado
cuja a companhia de lobos-guará
e o sopro de uma brisa livre
sejam minhas únicas visitas.