Eu pulei do barco, mas o Senhor estava ali...

Jesus!

Novamente voltei ao lamaçal

Por escolhas próprias quis me perder

Me distanciei do único caminho, o Senhor.

Sofri e fiz coisas que me envergonho

Ingrato sou!

Derramei dor a minha família

E Pai, o Senhor viu aquilo com lágrimas nos olhos...

Lembrei do primeiro Amor

Do nosso primeiro encontro!

Te enxerguei ali quando deu vida aquelas pessoas

Lembrei do Gadareno, louco, nu e solitário

E após se encontrar contigo, a sanidade, a paz, a cura...

Comecei ver o Amor novamente

Mesmo não querendo mais tentar

Pelas inúmeras falhas decorrentes

A vergonha me acusava

Esperança se esvaindo

Seu Toque mais uma vez me alcançou...

Naquele dia que pulei do barco

A sua destra estava comigo

Quando me ludibriava nas trevas

E eu pedia a sua misericórdia

O Senhor se inclinava pra mim...

Como pode me amar assim?

Sabendo de tudo que fiz!

Como pode querer o meu bem?

Sou um miserável, não mereço seu Amor!

E vi o Senhor também com aquela prostituta

Com aquela que todos diziam: imunda!

O seu olhar solene, a sua mão amiga!

Oh! Jesus, aquele abraço!!!

Teu Espírito me sonda

Penetra no mais profundo da minh'alma

Crio forças para prosseguir

Todavia, só te peço uma coisa:

"Segura em minhas mãos, pois eu posso querer me soltar novamente"...

Dali podia ver o Seu sorriso de novo

Às lágrimas escorregam pelo meu rosto

O coração acelera, dispara

Eu corro em sua direção

Sedento pelo Teu abraço

Meu Baluarte, minha Fortaleza...

Jesus não deixa eu fugir outra vez!

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 13/02/2023
Reeditado em 13/02/2023
Código do texto: T7718481
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