INSENSATEZ

Pelas ruas eu seguia entristecida

Atordoada, inquieta, adormecida

Olhar perdido, uma lágrima caía

Ninguém sequer olhou para mim.

 

Carros e transeuntes passavam

Eu permanecia no mesmo lugar

Fincada na insensatez da mente

Em ti, somente em ti, eu pensava.

 

Chorei o meu pranto, desolada

Cabisbaixa permanecia calada

Aprisionado o coração silenciou

Tristeza, saudade, carência de ti.

 

O sol, o pôr do sol, o céu azul

Minha sombra irrequieta fugia

De mim, de ti, do silêncio algoz

Aturdida, a minha alma padecia.