MEU CASTIGO
Vales verdejantes
Tártaros sombrios
Tão iguais... Tão vazios!
Esquecidos, ó sina dos Atlantes!
Que me valem os deslumbres de tuas quedas
Os segredos partilhados ao poente?
Jamais, em tuas sendas, vingou flor inclemente
Que exalasse perfumes, e esperanças tredas!
Busquei-a! Louco tresloucado!
Escolhi da estrada venturosa a via do pecado
Por uma pétala ofendi os arvoredos!
Abre, a quem veio de longe, o postigo
Se a flama em teus olhos há de ser o meu castigo
Traz o vinho! Transborde a taça o doce dos vinhedos!