CREPÚSCULO DE VÊNUS

Ao crepúsculo

À hora do ângelus

Pérolas de poesia respingaram em minh´alma.

Luar delirante

Escorrem pelos meus olhos

Saindo do coração

Canto-te então meu amor

Pousam em tuas mãos as minhas

Serenas, meigas, num alento.

   Estou em chamas - a saudade

Pousa aqui rápido ao peito

Tento fugir disfarçar

Tento buscar um alento

O que resolve um momento?

Já não suporto então...

Ansiedade, suspiro por mais vida...

Querendo ver o sonho, decido,

Afagar-te, amar e assim querido,

Mostrar toda a ternura, que em mim, há!

Essa saudade em mim arde

Sinto um desejo de ti minha amada

E nesse ângelus vindo

Sol a banhar-me então...

Quero o seu beijo ardente

Quero seu corpo em mim

E teu carinho inclemente...

Acolhe-te meu amado,

Desejo em franca ansiedade.

Madrugada, e o sol arde.

Vamos assim lado a lado,

A gozar felicidade.

Como se enfim, na verdade.

Um fim, não haja, jamais...

 

ANA MARIA GAZZANEO  
GONÇALVES REIS
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 09/12/2007
Código do texto: T771610
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