Moça Bonita
Moça bonita… confesso que pernoitas em mim
e quando o acaso que não é acaso toca a memória
ela finge que nunca quis morrer…
Pressinto nas palavras o aroma de pureza nos fogos,
escuto o sussurro da terra molhada na roça
e o grito queimado dos sonhos cegos nas palavras…
É noite ainda…a insónia está parindo o amanhecer
o corpo ausente dificilmente acompanha a ilusão
onde tua presença castra a nómada solidão…
Volto a possuir a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe o teu aroma de alecrim…