Na Alma da Brisa

 

Restos de memórias,

Pétalas de flores já idas,

Resta apenas a fragrância,

Perfume oculto na brisa.

Olhares distantes,

Alma sem corpo,

No vazio que se recria,

Nas asas feitas de magia,

Herói da história,

Santo perdido de Deus,

E o poema flutua,

Brinca de existir.

E sem modéstia,

Toda humildade

Merece orgulho.

E eu já não tenho tempo.

O relógio se fez fugitivo.

E guardei meu último sorriso.

E na hora H fingi chorar,

Mas ria por dentro,

Pois era estranha a lágrima.

E então retalhei mentiras,

Para construir verdades,

Pequenas insanidades,

De uma mente difusa nas estrelas,

De um céu perdido no espaço,

Onde palavras brincavam de ser,

Onde a promessa era apenas amor.

E amei de coração,

Pois não se ama com a razão.

E os pensamentos curvaram-se,

Para depois aplaudirem os sentimentos,

E então a vontade quis ser,

Mas não teve tempo,

Pois já era hora de ir.

 

15/09/2010

Gilberto Brandão Marcon

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 05/02/2023
Código do texto: T7712444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.