Amor de carnaval.
Depois do carnaval ela vai sentir que a folia já não existe em mim.
Brincamos nesses blocos de rua, eu de pierrô, ela de colombina, pensando que isso tudo não viraria monotonia.
Enganamo-nos, ela com a sua maneira fria de agir e eu com o estilo quente de explodir.
E disso tudo restaram às cinzas. Por que razão essa tristeza agora agoniza em mim?
Será que esse sonho desfeito seria a razão de eu a conhecê-la por três dias?
Não, eu não cheguei a ser um pierrô apaixonado, porque ela nunca foi a colombina que eu esperava nos meus sonhos.
E com esse desencanto, só nos resta a desfilar no bloco da solidão. Talvez essa desilusão tenha sido um sinal de alerta. Jamais procurarei amor de carnaval.
Porque os enganos também são coisas de folia. E o verdadeiro amor não são casos de fantasia. São mistérios do coração. E para ele nunca direi não.