Tão Distante e Tão Próxima
Noite clara, no meio do céu resplandece a joia lunar.
Brilho azul, energia prateada,
Repouso para a alma,
Lua amiga, ouvinte das confissões e íntimos segredos.
Confessa sentir a presença do olhar da mulher desejada,
Diz persegui-lo o cheiro do seu perfume preferido,
Diz ainda respirar seu hálito quente,
Cheio de calor corporal.
Mas ela não está, ela não se encontra e ele a perde,
Deixa-a ir embora por ter medo de pedir para ficar.
Ele a vê fugir da sua falsa indiferença,
Mas não confessa seu amor.
Numa timidez mesclada de orgulho,
Busca resignação e aceitação,
Mas a distância é incômoda,
Está longe demais, deseja proximidade.
Gilberto Brandão Marcon
21/05/1985
(Fragmento Texto: O Anjo da Noite)