ALMAS SURDAS

O vento que passou por mim,

era uma aparição que se movia

porque esperava dizer algo,

mas eu respirava o ar marinho

da simplicidade amorosa.

O vento que passou por mim

era uma revelação

da vida humana que se divide

entre o obrigado e o renascer

entre a morte e o necessário.

Contudo, não o escutei

ligado que estava ao mar

que não exagerou

ao me aproximar da suavidade amorosa.

O vento, que se espalhou por mim

era o uivo impactante

das relações entre mundos

que desaparecem quando é imperativo

surgir novamente.

Quanta pretensões

e a minha alma surda,

apenas sentia do mar,

a inocência amorosa,

frágil em seu jeito de marola;

caso eu venha a dissipar-me,

sei que percebi o lance único

do carinho oceânico.

Paulo Fontenelle de Araujo
Enviado por Paulo Fontenelle de Araujo em 25/01/2023
Reeditado em 08/08/2023
Código do texto: T7703394
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