Nas noites em que te espero…
Começa a haver em mim uma excêntrica meia-noite,
insônias entre todos os pensamentos sobrepostos…
No andar de baixo escuto a acumulação da vida,
cumulativamente ao som do piano do vizinho
e os apressados passos do segundo andar...
No rés-do-chão…entre silêncios...gritam…de… e com prazer…
Depois? Depois o mundo adormece...
…e fico sozinho…com…e entre o universo inteiro.
Recuso abrir a janela, quando do subtil toque das estrelas,
recuso olhar, para não ter que perguntar…Quais estrelas!?!
Conto cada um de todos os silêncios!
Meu único desejo é de não ser recluso,
por isso escuto ansiosamente a lua e a rua...
…onde os duplos passos são-me familiares...Somos nós?
Não…é o mundo real que lá fora desenrola…isso dói-me...
Vou dormir...
Sonolentamente sei que é-me impossível,
mas espero-te…espero de ti qualquer sinal…irreal que seja…
Qualquer coisa antes que durma...
Qualquer coisa…