“Vejo-te reservada em ti, resguardada em teu silêncio.
Meu olhar atônito e inquieto teme desconhecer-te.
Ocultada numa estranha timidez, atrás de uma muralha.
Em teu mundo particular, fechada hermeticamente em si.
Não consigo penetrar em teu mundo, tortura-me tua solidão.
Tua falta de palavras e teu olhar afetivo desafiam minha razão.
Desejando a ti, estando perto de ti e não encontrando o teu ser.
Temendo minha imaginação, não querendo idealizar-te,
Pois te quero real, desejo-te com a franqueza de meu coração”
Gilberto Brandão Marcon
15/01/1994
(Fragmento Texto: Cumplicidade)