Soneto do Pesar
Por hoje, já não sei o que será de mim
Desconheço a oculta fonte da melancolia que em meu peito brota
E que de maneira impiedosa tanto me aflige
Que mais posso dizer se tamanha dor a ti causei
Agora, diante das consequências
Enxergo-me sozinho
Sozinho, por não mais possuir o teu afeto
Restando-me apenas escassas recordações
Meu mundo tornou-se escuro sem o sol que diariamente anunciava a alvorada
Distante do teu calor, meus dias tornaram-se frios
Vem a chuva, difundindo a tristeza de um céu imerso em lágrimas
Diante de tudo, não passo de um simples observador
Fadado a repetidamente, assim como se assiste o sol poente
Testemunhar a trajetória de minha própria decadência.