Soneto do Pesar

Por hoje, já não sei o que será de mim

Desconheço a oculta fonte da melancolia que em meu peito brota

E que de maneira impiedosa tanto me aflige

Que mais posso dizer se tamanha dor a ti causei

Agora, diante das consequências

Enxergo-me sozinho

Sozinho, por não mais possuir o teu afeto

Restando-me apenas escassas recordações

Meu mundo tornou-se escuro sem o sol que diariamente anunciava a alvorada

Distante do teu calor, meus dias tornaram-se frios

Vem a chuva, difundindo a tristeza de um céu imerso em lágrimas

Diante de tudo, não passo de um simples observador

Fadado a repetidamente, assim como se assiste o sol poente

Testemunhar a trajetória de minha própria decadência.

Antologia da Existência
Enviado por Antologia da Existência em 21/01/2023
Reeditado em 27/04/2023
Código do texto: T7700975
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