IGARAPÉ
Translúcida, fluida, cristalina
Do teu leito encanta-me o trovar
Como d` um rouxinol o trilar...
Venturosa, banhou a mão franzina
E em formidável dueto
Junto ao vento que sibilava
Pela camélia que debruçava
Entoavam sublime soneto!
Invejo a formosura
A camélia de tua ventura
O toar de tudo que causa a Ela enleios!
Silente, vela meu segredo ao trovador...
Os olhos do mundo não viram, no alvor,
A Pedra Preciosa que roubei de teus veios!
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Observação
“Camélia” - No texto se refere à menina que se debruçava na beira do rio