IGARAPÉ

Translúcida, fluida, cristalina

Do teu leito encanta-me o trovar

Como d` um rouxinol o trilar...

Venturosa, banhou a mão franzina

E em formidável dueto

Junto ao vento que sibilava

Pela camélia que debruçava

Entoavam sublime soneto!

Invejo a formosura

A camélia de tua ventura

O toar de tudo que causa a Ela enleios!

Silente, vela meu segredo ao trovador...

Os olhos do mundo não viram, no alvor,

A Pedra Preciosa que roubei de teus veios!

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Observação

“Camélia” - No texto se refere à menina que se debruçava na beira do rio

André da Costa
Enviado por André da Costa em 21/01/2023
Reeditado em 22/01/2023
Código do texto: T7700938
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