Escravidão
Antes de nos palavras são ditas
É um reverso de uma queda no ar
Direções que se fazem malditas
Criança que não aprendeu a andar
Vem do céu esta sentença aflita
É o grito que não se pode calar
É tão falso que não se acredita
Ver demônios rezando em um altar
E quando nasce já se sabe descrita
E se embriaga em uma mesa de bar
Pois não existe verdade infinita
O que foi dito não se pode cogitar
A minha vida é sempre uma dor súbita
Pois este caos eu não consigo parar
Eu sou escravo desta sina esquisita
Que ganhei em um trágico jogo de azar