CAIS
No teu colo é que me deito
Quando estou cansado
Meu corpo desfalece, exausto
Procurando aconchego
Como num porto amigo
Minha nau se abriga
Procurando sossego
Atraco suavemente nesse cais
Onde a paz parece reinar
Mas, como sou um lobo do mar
Que vai por toda parte e não tem dono
Que está sempre a navegar
Novamente busco o oceano
E as tempestades que encontro lá
E o furor do abandono
Este é o meu verdadeiro lar...