ORGULHO
Sentimento nocivo, asfixiante…
Barramento abjecto, vil artimanha!
Cegueira arrogada, alta montanha,
Intumescida de nada, latejante…
Sinto agora o vazio alucinante,
Que me armadilhou pela entranha…
Consiga eu desfazer a barganha,
E voltar à humildade calmante!
Revelo-me incompleta, na espera
Quero paz, recuso o barulho.
Cavo o sereno na atmosfera
E quanto mais alto mergulho,
Tacteio humilde, sou primavera!
Afasto, desprezo, mato o orgulho.