ALMA ALIVIADA
Rolam as palavras, abre-se a porta…
Chuva de tudo o que a alma enreda.
Correm lestas, já mais nada importa,
Verdade livre, minha doce labareda!...
Que imolas esta angústia sem fim
Permites que eu regresse a mim
Sei por onde vou, estico o olhar…
Ao fundo do escuro, luz paciente,
A verdade sabe que me liberta.
Essa errante que veio apagar
O erro… vegetante incoerente
Que antes teimou em germinar
É o alívio que me acalma…
Alcanço o sossego, ouso…
Ergo-me, sorrio… repouso.
E com seguros passos,
Rasgo em mil pedaços
A dor que me moía a alma!