VALHA-ME A VOLÚPIA
Como és lindo este teu jeito
Tuas mãos sedosas, teu cabelo liso
O lugar não é teu onde me deito
Nem me pertence a amada que viso...
Mais formoso ainda é teu seio
Próprio palor, perfeito - proscrito!
Noutro pensamento não me veio
Qual digno de louvado mito.
E esta alvura de teu rosto virginal
Parece-me uma rosa branca
De reminiscência nas gavetas
Diz, então, que tu me prometas
Se algum dia levanta
Com beijos este aval!
Por cá, peço-te, me ensina
Como amar o avesso
Se de aspirar-te careço
Ó minha menina!