O SEGREDO DE DIONISO
Ornada de guirlandas
Das fadas verdes do absinto
De aromas das camélias, do Jacinto
Das mãos serenas e brandas...
Mãos osculadas no atrevimento de Perseu!
Quiçá em bodas e festins
Além do toar de cítaras e clarins
Encontre entre musas e vinhos, o jubileu...
Tolo! Pois no mesmo vinho se debruça
E com olhar cúpido, soluça
Dioniso! - Preterindo suas amas em traição...
Jamais saberão, contudo, suas Consortes
Nem as Damas e Divas de ricos Milordes
Dos cerúleos olhos de nossa perdição!
============================
Observação
1 - “jubileu” - No texto está no sentido figurado da palavra “anistia”, “refúgio”
2 - “amas” - Se refere às mulheres de Dioniso, suas Divas, Consortes, nas festas e confraternizações
3 - "cerúleos olhos de nossa perdição" - Se refere à mulher de que ambos (Dioniso e o autor) guardam segredo