O SEGREDO DE DIONISO

Ornada de guirlandas

Das fadas verdes do absinto

De aromas das camélias, do Jacinto

Das mãos serenas e brandas...

Mãos osculadas no atrevimento de Perseu!

Quiçá em bodas e festins

Além do toar de cítaras e clarins

Encontre entre musas e vinhos, o jubileu...

Tolo! Pois no mesmo vinho se debruça

E com olhar cúpido, soluça

Dioniso! - Preterindo suas amas em traição...

Jamais saberão, contudo, suas Consortes

Nem as Damas e Divas de ricos Milordes

Dos cerúleos olhos de nossa perdição!

============================

Observação

1 - “jubileu” - No texto está no sentido figurado da palavra “anistia”, “refúgio”

2 - “amas” - Se refere às mulheres de Dioniso, suas Divas, Consortes, nas festas e confraternizações

3 - "cerúleos olhos de nossa perdição" - Se refere à mulher de que ambos (Dioniso e o autor) guardam segredo

André da Costa
Enviado por André da Costa em 08/01/2023
Reeditado em 09/01/2023
Código do texto: T7689410
Classificação de conteúdo: seguro