Ciúmes
Ciúmes
Minha cama tem teu cheiro
No meu corpo teu perfume
A toalha ainda molhada
Com as mascas do teu corpo
A cama toda bagunçada
No travesseiro seus cabelos
Nos meus sonhos tu caminha
São lembranças tão distantes
Que só existem por seus ciúmes
Na narrativa de tua alma inquieta
Talvez nunca antes amada
Que te faz sabotadora da tua felicidade
Buscas unicórnios reais entre nós
E nunca esta errada...
Será melhor ter razão ou ter amor?
Na arrogância da tua alma superior
Diz te esqueço a hora que quiser
Eu acreditei no teu eu te amo!
Foi só uma virada de página
Do romance jamais escrito
Seria mais que um livro de amor
Era a vida entre nós dois
Que teus ciúmes sufocou
Diz pra mim que tu superou?
Que já me esqueceu!
Que as baladas com as amigas
Quando tudo se agita
E teu dedo mexe o gelo dentro do copo
Nesse momento da tua solidão
Esse lugar onde nem som pode entrar
Apenas minha voz se faz ecoar
Te chamando de amor
Será que lá me esqueceu?
Como esquecer o terremoto do silencio
Onde só nossos olhos falavam
Quando tua boca sufocava a minha
Tomando meu sopro de viver
Desfalecendo em meu peito
Ali morando em meus braços
Como esquecer a passagem dum furacão?
Agora nosso amor é apenas
Folha que vendaval espalhou com raiva
Que na força do ódio teu sentimento nobre
Se calou...
Tudo isso foi o ciúmes que destruiu
Nossos abraços, beijos, sorrisos!
Todas as coisas que plantamos com carinho,
O pior de tudo que vai seguir pelos caminhos da vida
Dizendo pra si mesma eu superei e tudo acabou!
No fundo você sabe que amor nunca acaba!
É mal que não tem cura, remédio ou doutor...
Esse tal de amor!
Ricardo do Lago Matos