A Poesia é muda.
Mas o Poeta não.
Ele fala
- em seu silêncio -
com a alma
e quando grita
com seu silêncio
é porque o sentimento
não cabe mais,
precisa expandir
para outro corpo,
outro coração.
É um grito que leva
a emoção
por meio das mãos
ao coração.
Um grito de quem vai em busca,
ao encontro do amor,
o grito que não cala,
que se move como onda,
quieto, gritante...
Grita!...
Faz um gemido dolorido,
um lamento ouvido até pelo sol...
Se ouve só sua voz, única.
E o retumbar do coração.
Sinta!...
O amor não vai morrer,
mesmo o silêncio da melodia
a tristeza da poesia,
o amor não vai morrer.
Ela vem do passado,
para ser purificada...
Sinta o amor!
E saiba, para sempre
- minha vida -
em nossa eternidade
e para nossa felicidade,
o amor não vai morrer.
Eu te amo, amor:
Eu também te amo,
amor da minha vida!