A solidão quando é vista, não é que a veja,

é sentida.

Se você a sente,

ela está em mim.

 

Ela maltrata, corrói,

mas também permite viver

em solitude de vida com seu coração.

 

Mesmo em meio a solidão

meu coração voa,

procura o teu

para nele se aninhar,

para nele viver.

 

Não é que não perceba

os teus e os meus sozinhos.

Estamos sozinhos em nós.

E carregamos juntos o fardo

dessa saudade ancestral,

agradecidos que temos um ao outro,

que finalmente nos encontramos

e achamos, e a hora do tempo

que é de nós dois,

a harmonia de nossos corações,

alinhamento de nossas almas

e a plenitude de nossa canção de amor.

 

Nos encontramos em nossos silêncios,

nossas pausas para a entrada do violoncelo,

dos violinos que fazem da nossa nova uma poesia...

é o som profundo da catedral do coração,

por onde comungamos nosso amor.