Ela leva em mãos o plano de voo,

e pode contemplar a pista de pouso,

espera, na manhã, a autorização para pousar...

no teu coração em urgência de suas asas...

 

O tempo passou e a alma aprendeu

que quando a dor abriga o silêncio da lágrima

e o coração sabe sustentar esse silêncio...

quando a alma conhece o peso de uma lágrima

e mesmo assim oferta flores sem implorar pelo sol...

então... não há tempestade que apague

o vicejar da primavera e os rastros e sinais

de uma enevoada pista de pouso...

 

Ela pousa...

Pousou... Poesia...

em tuas mãos

de amor e alegria.