O calar do canto dos olhos
Não me entristeço pelo vento
que demorou a chegar (que mora em mim),
nem pelo tempo que fiquei presa à janela
aguardando sua brisa tocar minha face de esperas.
Também não sei se me basto com um sopro...
Insaciável de tornados, preciso de um carrossel de tempestades...
Mas também sei, que é na voz de um raio de luz
que paira o silêncio profundo que preciso
e que se calam as angústias do canto dos olhos...
É assim que brotam flores fatigadas de jazigos...
Ressurgem do encontro entre terra e fogo...
como fênix das cinzas...
e o poema nasce...
da garganta embriagada de melodias
e prenhe de palavras...