Olhar em teus olhos
com minhas mãos nas tuas,
como já fizestes
sentado à minha frente.
Eu sonho!
Foram essas mãos de amor
que acordaram a mulher adormecida
e lhe entregaram um infinito
para caminhar, lhe ensinaram a amar.
Foram essas mãos que tantas vezes olhei,
como seguravam a caneta, o giz,
como ajeitavam as canetas na mesa,
como desenhavam meus escritos,
transformavam ideias
e mesclavam sonhos à ciência
e os possibilitaram realizar.
Eu levei anos para despetalar e doeu demais,
mas eu consegui, fiquei corajosa, forte,
morri ave sedenta, insólita de amanhãs
e ressurgi fênix em meio ao caos
e as brasas da vida.
Das cinzas construí estradas,
do fogo fiz o sol em minha vida,
fiz canção, poemas
Do homem sou a Mulher,
e do Poeta sou, a Poesia
a Musa e a querida Poetisa.