Há silêncio sim. Dolorido e longínquo

- embora sempre junto, perto -

silêncio que cai como pausa do sol,

provocando tempestades interiores.

E é, sim, neste silêncio que a palavra

e nossa história de amor e paixão

descansa e sussurra afagos nunca antes dados...

 

Há silêncio porque a lágrima desliza quietinha,

calada, molhando a paisagem,

emocionando o olhar,

acelerando o bater do coração,

abafando ruídos dos sentidos...

 

É quando o silêncio me olha com amor

que o equilíbrio e a insanidade

me arrancam de mim mesma

e se fazem voo, faíscas de estrelas, 

guardado no mistério do amor

cujo voejar não quero perder

e cujo abraço e beijo de luz ouso sonhar...