ESTRELA DE DAVID
Quantos segredos trazes,
Que não se possa ser desvelado,
Nem que eu, aqui, por ti, desejasse,
Ter um minuto apenas,
E somente para mim!
É o indecifrável, sentir e não viver,
Andar sob a luz de seus contextos,
Sabendo que não hei de merecer,
O tanto que vi, e mesmo assim, te lembrei.
Amar desbragadamente,
Com um certo decoro,
É revelar-me inteiramente,
Como a alguém que quer enxergar-te,
Nem que fosse superficialmente.
Linda, do jeito que fascina!
A liberdade com que tens dado,
Cubra o teu futuro sem medo algum,
Ah, Estrela de David dos sonhos,
A mulher da criação e dos meus pecados!
Se me olhares além das máscaras,
Verás muito mais do que um rosto e,
E das marcas de um inevitável passado,
Concedendo o reencontro do infinito,
Com teu corpo a-abrigo.
Não me julgarás pelo que sou,
Salvaguarda-te-ei de todos os perigos,
Vendarei meus olhos, seja como for,
Para compreender a tua essência,
E preservar as veracidades ,
De tuas místicas atemporais.
Poema n.2.931/ n.76 de 2022.