CHUVA NOS OLHOS

Se o pensamento

alimenta o riso,improviso

um verso para ouvir o meu.

Ando na chuva que me rasga

mansamente a carne...

Pele e espanto.

O céu, expele o pranto.

E eu?

Continuo meu vôo rasante

no pensamento/poema.

Molho a boca,no leito dessa

rua que me toca,chuva.

No peito dessa lua que

me provoca,pranto.

Na língua da pronúncia

que me devora,tanto.

E se o pensamento alimenta

a lágrima,vou embora...

Quase morrendo.

Quase chovendo.

Quase querendo,ser

ser intensamente

Tua.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 07/12/2007
Código do texto: T767858
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