ARMADILHAS DOS SENTIMENTOS

 

A luz acendeu iluminando

O teu rosto,

O assoalho ainda tinha as marcas

Dos teus passos,

Não havia mais o velho abajur azul

E a mesinha com vários retratos,

Somente a moldura de madeira

Com seu nome gravado!

 

Sonolenta abraçou o outro travesseiro

Entre as pernas,

Veio cobrindo a cintura acima

Do umbigo estendendo até os ombros,

A cortina balançava devida uma tênue

Brisa disfarçada,

O dia parou encobrindo a intimidade

Enlouquecendo o céu rasgando

De saudades!

 

Os olhos pincelaram o teto querendo

Anunciar alguma coisa,

Com um toque sutil alisou seu 

Próprio rosto,

Abriu um sorriso de gente inocente

Estava toda desarmada,

Meneou a cabeça, esticou as pernas

Anunciando a madrugada!

 

Veio se ajeitando ao meu encontro

Como a leoa e o leopardo,

Quando há fome de amor não há

Trancas de ferro e nem laço,

Já está enraizado nas armadilhas

Dos sentimentos,

É a vida se revelando como o mar

Caminhando as ondas sobre

Os ventos...

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 22/12/2022
Reeditado em 27/12/2022
Código do texto: T7677748
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