ARMADILHAS DOS SENTIMENTOS
A luz acendeu iluminando
O teu rosto,
O assoalho ainda tinha as marcas
Dos teus passos,
Não havia mais o velho abajur azul
E a mesinha com vários retratos,
Somente a moldura de madeira
Com seu nome gravado!
Sonolenta abraçou o outro travesseiro
Entre as pernas,
Veio cobrindo a cintura acima
Do umbigo estendendo até os ombros,
A cortina balançava devida uma tênue
Brisa disfarçada,
O dia parou encobrindo a intimidade
Enlouquecendo o céu rasgando
De saudades!
Os olhos pincelaram o teto querendo
Anunciar alguma coisa,
Com um toque sutil alisou seu
Próprio rosto,
Abriu um sorriso de gente inocente
Estava toda desarmada,
Meneou a cabeça, esticou as pernas
Anunciando a madrugada!
Veio se ajeitando ao meu encontro
Como a leoa e o leopardo,
Quando há fome de amor não há
Trancas de ferro e nem laço,
Já está enraizado nas armadilhas
Dos sentimentos,
É a vida se revelando como o mar
Caminhando as ondas sobre
Os ventos...