Então olhe em meus olhos amor,

extraia deles o livro da minha vida,

veja as florestas verdes e o céu azul.

Olhando em meus olhos

saberás tudo que há em mim.

O amor, a paixão, a poesia.

 

E depois, com teu lápis de cor,

me desenhas em teu caderno da vida,

faz linhas suaves, tira fora aquelas partes de mim

que eu não deveria vestir,

ou se as deixar, veste-as com teu amor

para que eu me transporte

para você também com minhas falhas.

 

Olhe em meus olhos amor

e me funde a tua selva mágica,

para que eu possa sentir em mim

teu crescente amor

e experimentar nesta manhã radiosa

de seu mágico esplendor.

 

Olha em meus olhos amor,

cola os teus no meu

e me insere ao redor de ti

para que minhas florestas

ainda verdejantes te acolham quente

em toda soberania

e apreciem teu movimento,

teu andejar por entre minhas folhas,

teu caminhar meio louco,

meio desesperado por achar a voz

que canta atrás de cada árvore,

a fada que mora dentro destas florestas.

 

Olha em meus olhos amor,

não desvie os teus.

Venha para as minhas sombras,

te abrigo sob minhas folhas

que são como lábios sedentos

de um beijo molhado e cheio de enlace,

 

Olha em meus olhos amor

e sinta nossa sintonia

no silêncio que nos toma,

no silêncio que me permite ouvir

as teclas de teu coração

me escrevendo em tua sedutora relva

que eu deito sem medo

de pra sempre me perder.

 

Olha em meus olhos amor,

eles transportam

meu coração até o teu,

levam junto a ti toda eu

e me depositam

no santuário de nosso amor.

 

Olha amor, em meus olhos...

e ama, me ama amor,

 

 

 

Eu também te amo, profundamente

 

amor eterno