ESCOLHA
Me revesti por inteiro de
todo o desejo, ser eu de novo
e conviver comigo mesmo.
Tanto faz se ficar feliz,
ou se me desinteressar com
aquilo que escolhi, o essencial,
foi que o meu eu, quis assim.
Não tem importância se entre o
bem e o mal existir alguns monólogos,
no final, e se estiver errado, sou eu
aquele que será condenado.
Como se nota, os desencontros
estarão presentes, e daí o eterno
confronto entre a virtude e o nocivo,
pela disputa da justa razão.
Creio que não poderia haver
melhor escolha, de súbito terei
que andar com as próprias pernas,
a princípio, amparado por minha inclinação.
Por derradeiro, vou devolver à quem
de direito, tudo o que me foi emprestado,
e na vivência comigo mesmo,
aprender a respirar outra vez.