TORPOR
Paraliso, quedo-me e escuto
Atenta naquele ritmo revoluto...
Tremo! sinto esta tormenta,
Que meu corpo experimenta.
Infeliz vestimenta...
Mas como consigo o luto?
Racho o meu ser, amputo
Memória infame, macilenta!
Como pode ser assustador
Saber que dependo do amor...
Esse velho conhecido,
Que voltou arrependido!
E que depois de tanta dor,
Me quer arrancar do torpor...
Agora quero prosseguir
Ser e sentir...
Desbravar rumos,
Inventar prumos...
Guiar a mudança,
Confiar na bonança!
Se ganhar o amor,
Que venha a dor...
Mas meu coração trovador,
Ainda que continue sofredor,
Não aceita mais o torpor!!!