OPHELIA
Ophelia! Do anelo! Dos ansejos!
Beberei junto a ti da mesma taça
E no devaneio piedoso que abraça
Vingarão de certo, meus cortejos!
Porém tão frio é o orvalho...
Álgido beijo distante que vem da noite!
Rogo ao Poente, clemente a meu açoite
Uma nesga de luz ainda, a meu desvalho!
Ébrio! Mas não dos vinhos!
Do olhar que desvaira e permeia o véu de linho
Do beijo doce talvez, dos teus licores...
Ah Ophelia! Hão de se unir nossos prantos!
Aos que os Deuses no Olimpo - Tornarão cantos!
Hinos que cantarão as aves nos albores!
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Observação
Ophelia - Na obra de Shakespeare, era uma jovem da alta nobreza, filha de Polónio, irmã de Laertes, e noiva do Príncipe Hamlet
Sofria de constantes anseios e frustrações, vindo na obra a se matar, por amor a Hamlet