Quem dera
Quem dera fosse eu a fada
Que sussura ao ouvido
Te fazendo estremecer
Quem dera fosse eu
A fada das obscenidades
Aquela que te enlouquece
De desejos e te faz querer
Pra si, a que você prende
Nos braços com medo de perder.
Aquela que me faço em sonho
Na poesia da madrugada
me julgando amada
Deitada no teu jardim
Mas isso é sonho, quimeras
De mulher apaixonada
Que se entrega e se faz amada
Mas só no sonho no jardim.
Amanheceu, o sol já nasceu
E com ele a certeza
De nunca fui amada
Que o sonho é só meu, não o teu
e isso gera em mim uma tristeza
Mas preciso ser fortaleza
Deixar de sonhar e sair.
Cair na realidade
Saber que nada disso é verdade
Que de sonho me revesti...
Rita Genoefa Schuarts
Paraná/Brasil
D.A.R.9610/98
20/11/22