Também não sei enrolar

as fibras soltas do peito.

Nem afrouxar os laços feitos.

Paradoxos que se cruzam

num mesmo território.

Por isso, me desenho

na paisagem em branco.

Abro asas por sobre

o pergaminho do tempo

e voo penhascos

nas fendas de dentro.

Como um sol

que viaja universos

sem nem mesmo sair do lugar.