OLHAR 4

Segue meu olhar a revoada de andorinhas

Que voam ligeiro... Meu Deus, para onde?

Será a teus braços onde do mundo esconde

Esse regaço de paz por onde caminhas?

Ah! Pudesse voar e ver lá de cima

O porto seguro, o cais, a ilha em meio ao mar

Ver teus olhos e de lá clamar

Um poema... Um verso... Ao menos uma rima

Mas isso é pouco ante teu esplendor

Capaz de deslumbrar as aves que herdaram o céu

E se deste fascínio eu sou réu

Acuso meu coração, como culpado desse amor!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 08/12/2022
Reeditado em 08/12/2022
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