SERES QUE AMAM - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
SERES QUE AMAM Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
Que não se exijam - do homem ou da mulher -
Comportamentos similares ou distintos...
Há quem prefira degustar os vinhos tintos
Outros, que bebem o que a ocasião requer.
Que não se julgue, pela própria experiência,
O amor a dois... cada casal se ama a seu modo.
Quando eu estudo o meu amor, sempre me podo.
Por isso evito ver o amor como ciência.
Quem filosofa sobre o amor, sem "ter" amado
...ou "ser" amado... expressa apenas sofrimentos.
Em cada afeto existem novos sentimentos.
Cada casal tem seu jeitinho apaixonado.
Cada parede protege quem se liberta
No seu espaço de criar um universo
Sentimental... quando um casal está imerso
No ato de amar, jamais existe alma deserta.
Que não se julgue nem se ensine a ser feliz,
Quem é feliz com o amor que escolheu,
Ninguém ministra aquilo que nunca aprendeu
E só quem ama é sempre eterno aprendiz.
Há Capitus e há Bentinhos... e o Escobar ?
E Madalena ? ... que dizeis... vós, fariseus?
Que sois capazes de julgar o próprio Deus,
Apedrejando quem se ocupa com amar ?
Tirai os olhos de vossas vãs fechaduras
E procurai amar sem falsos testemunhos,
Socando teclas como quem faz dos seus punhos
O autoflagelo de quem sofre e se tortura !
Seres que amam ou se amaram de verdade
Têm na saudade ou no momento da paixão,
A intimidade que abençoa um coração,
Quando a razão deixa o amor em liberdade !
Às 9h e 34min do dia 10 de novembro de 2020. Registrado e PublIcado no Recanto das Letras.