Revelações de ti
No intervalo entre meu poema e teus olhos
Existe um lapso incontido
Que insiste em esquentar meu coração
E me incita a sair do silêncio
Provocando as palavras dos meus versos
Cheios de revelações de ti
Se antes os devaneios dormentes me dominavam
E as palavras não expressavam minhas emoções
Se os hiatos e reticências proliferavam na minha mente
Disfarçando as máscaras e véus que te cobriam
Agora uma luz me surge
Emitindo ais, suspiros e olhares pungentes
Olhares que se insinuam ardentes fogueiras
Entre quenturas inimagináveis ou reais
E esse véu que te cobria e essa máscara que te escondia
Por que se traduziam em ti me trazendo saudade
Se meus olhares te pediam cumplicidade
Por que vivias absurdamente nos recônditos murmúrios
Num infindável silêncios de emoções
Sempre soube que minha poesia te procurava
Ela tem a tua alma
É nela que me abstraio dos abismos do mundo
Sonho em decifrar-te ou devora-te
Desejo oferecer-te inundações de amor e ternura
Quem sabe tenhas meus melhores sorrisos e rimas
Talvez te chame pra contar estrelas
Ou simplesmente pra ver o pôr do sol no mar