Minha vida sempre começa no fim,
bem no fim do caminho e do tempo,
quando transformo seu caminho em flores
e você me faz rainha de um castelo de mil torres.
Mas, continuas tuas buscas
por um caminho que não seja de um.
Anelo que o vais encontrar.
A rua está onde podes te esconder
nas avenidas de ninguém.
Ninguém está perto.
E a rua, segue longa, até a eternidade.
Desgarnecida de guarda a se opor
a entrada em seus meandros interiores.
Na verdade, já estás lá.
Em todos os corredores,
sua casa, sua janela da vida,
seu corpo, coração.
Seja urso, seja sol ou lua, tens abrigo,
um amaino pra augúrio de perenidade.
Não sigo seus passos.
Sou eles.
E me faço de enlaço
para poder junto ir.
Procuro tua voz no âmago
- de silêncios - no âmago
de outras vidas
parecidas com a nossa.
De nada mais quero:
transformar teu caminho em flores
coroada rainha de um castelo de mil torres.
Que sejam erguidas na parenidade
e se rejubilem por terem,
em seu interior, a seiva ardente
do amor e pela vida, paixão...