Que tragam a corda
que faz o laço e a ordem,
o passo de argamassa
pra prender.
Amarra tudo, bem moço!
Bruto, rígido,
riga o chão com palha,
mãos firmes,
faz agora o poste
que se ergue
com o sangue
que corre mais rápido
e alegre nas veias.
Pronta a tenda e o público,
faz o sonho ser a terra,
se envolva em sua borda azulada,
seja o mundo em sua oval plenitude.
Se vai partir, diga adeus.
Se vais e volta,
diga até logo, até, mais...
Olhe nos olhos
de bordas azuladas
e diga pra sua rainha de terra,
ombro inclinado
a receber o seu beijo,
diga Agora!
Por você é que me faço vivo,
por você é que me renasço.
Por você me ergo
e me visto de idas e vindas
pra te visitar enquanto
rigas o chão com palha
e mãos firmes rejubilam
ramos tortos num céu
de laço e argamassa.